BANDEIRA NEGRA


Bandeira Negra,
sua maior beleza
é ser uma anti-bandeira
no sentido nacional
Representa nenhuma nação
Pois é símbolo de união
Com objetivo de luta
Com objetivo de ação
Nacionalismo é um mal
Poderosos o colocaram
As fronteiras não nos separam
Nos separa a classe social
De união repercuta uma voz
Entre todos os produtores
Gritando paz entre nós
Gritando guerra aos senhores!
Trabalhadora e Trabalhador
Seja lá de onde for
Também é um dos nossos
Não travemos fratricidas combates
Que não haja guerra entre os povos
Que não haja paz entre as classes!
Sob as coloridas bandeiras nacionais
a humanidade agoniza
Entre multidão de divisas,
sofrimentos tão iguais!
Nos dividindo é a maneira
Que o inimigo se fortalece
Contra isso é preciso lutar
Levantemos bandeira negra
bandeira que se escurece
para que o ser humano possa brilhar
Chega de tiranias!
Escancaradas
ou travestidas de democracia
Governo é só sofrimento e opressão
Para cima da população
Nesse mundo degradativo
Só os trabalhadores podem dar solução
Botando fora o político
Botando fora o patrão
Se lançando ao combate
Abolindo a propriedade
dos meios de produção
Começar a organização da sociedade
Através do povo em união
Derrotar a ilusão de incapacidade
Sua infinita capacidade mostrarão
Para uma verdadeira revolução
Que leve para a libertação
Não há outra maneira
Que o nosso ser seja fogueira
A queimar toda opressão
Levantemos bandeira negra
e gritemos autogestão.

o cine-cínico

O  lugar para onde ele me rodou, irmãos, não era igual a nenhum cine-cínico que eu já tivesse videado antes.
Sem brincadeira, uma das paredes estava toda coberta por uma tela prateada, e na parede oposta havia furos quadrados para o projetor projetar, e havia auto-falantes estéreo enfiados por todo o mesto. Mas contra a parede direita havia uma bancada com tipo assim pequenos medidores, e no meio do chão, de frente para a tela, havia uma cadeira tipo assim de dentista com várias extensões de fio ligadas a ela, e eu precisei meio que me arrastar da cadeira de rodas até ela, o vek enfermeiro de jaleco branco me dando uma ajuda ou outra.então reparei que, embaixo dos furos para projeção, havia uma espécie de vidro fosco e eu pensei ter videado sombras de  pessoas se movendo atrás dele, e pensei ter sluchado alguém tossir kof kof kof. Mas depois disso tudo o que pude notar foi como eu me sentia fraco, e atribuí isso à mudança da pishka da prisão para aquela nova e rica pishka e as vitaminas que haviam sido injetadas em mim.-Certo-disse o vek que me levou ali na cadeira de rodas.-Agora vou deixar você. O show vai começar assim que o Dr. Brodsky chegar .
Espero que goste.-Para dizer a verdade, irmãos, eu não estava sentindo muita vontade de videar nenhum show de filmes naquela tarde. Eu simplesmente não estava me sentindo bem. Eu teria gostado muito mais se tirasse uma boa spatchka na cama, bem quentinho e totalmente odinoki. Eu me sentia muito mole.
O  que aconteceu então foi que um vek de jaleco branco prendeu minha cabeça numa espécie de descanso de cabeça, cantando para si mesmo o tempo todo uma cançãozinha pop voni de kal.- Para que serve isto?. -perguntei . E o vek respondeu, interrompendo a canção por um instante, que era para manter minha gúliver parada e me fazer olhar para a tela.-Mas -eu disse-eu quero olhar para a tela. Fui trazido para cá para videar filmes e videá-los eu irei. E então o outro vek de jaleco branco ( no total eram três, sendo um deles uma devotchka meio que sentada na bancada de medidores e mexendo com controles) meio que smekou nessa hora. Ele disse : Nunca se sabe. Ah, nunca se sabe. Confie em nós, amigão. É melhor assim.-E então descobri que estavam prendendo minhas rukas nos braços da cadeira e meus nogas estavam como que presos num descanso de pés.Isso me pareceu um pouco bizumni, mas deixei que eles prosseguissem o que queriam fazer. Se era para eu ser um jovem maltchik livre novamente em quinze dias, eu aguentaria isso no meio tempo, Ó , meus irmãos. Mas uma veshka que não gostei foi quando puseram coisas tipo clipes na pele da minha testa, de modo que as pálpebras foram puxadas para cima, para cima, para cima até que eu não conseguisse fechar meus glazis por mais que tentasse. Tentei smekar e disse : -Deve ser um filme muito horrorshow se vocês querem tanto que eu o videie.
-E um dos veks de jaleco branco disse, smekando :
-Horrorshow é a palavra certa, amigo . Um verdadeiro show de horrores .- E então senti como que um bonezinho enfiado na minha gúliver , e deu pra videar todos os fios correndo para fora dele, e eles enfiaram uma espécie de ventosa de sucção na minha barriga e uma no velho tictac, e pude videar também fios correndo para fora deles. Então ouvi o shom de uma porta se abrindo, e dava pra perceber que um tchelovek muito importante estava entrando pela maneira como os subalveks de jaleco branco ficaram todos duros .E aí videei esse Dr.Brodsky. Era um vek malenk, muito gordo, com cabelos encaracolados se encaracolando por toda sua gúliver, e no seu nariz batatudo ele tinha otchkis muito grossos. Deu pra videar direitinho que ele suava um terno muito horrorshow, absolutamente no auge da moda, e tinha um von muito delicado e sutil de salas de cirurgia se desprendendo dele. Junto com ele estava o Dr. Branon, todo sorridente como se isso fosse me dar confiança.-Tudo pronto? - peguntou o Dr.Brodsky numa goloz muito respirada. então sluchei vozes dizendo Tudo tudo tudo tipo assim a distância, então ficando mais próximas , depois ouvi um shom baixinho tipo assim de zumbido como se as coisas tivessem sido ligadas. E aí as luzes se apagaram e lá estava Vosso Humilde Narrador e Amigo sentado sozinho no escuro, totalmente odinoki e apavorado, incapaz de se mover ou de fehar os glazis ou de fazer qualquer coisa.